É comum admirar pessoas que se atiram em práticas consideradas corajosas, como saltar com paraquedas, escalar montanhas ou atitudes mais simples como pular do trampolim de uma piscina fria numa manhã de inverno. Performances em público, como cantar, tocar, dançar e palestrar também são muito admiradas, não apenas pela qualidade do talento e destreza com que são apresentadas, como pelo rompimento com a timidez e outros bloqueios que, sabemos, é preciso superar para desempenhá-las. A ideia de estar sob o julgamento de muitos olhares podem tomar pessoas de intensa sensação de desconforto e até vergonha, principalmente se têm um temperamento mais tímido.
A investida em enfrentar os próprios sentimentos numa iniciativa que em princípio nos seja muito incômoda, poderá ser incentivada ou reprimida a partir da reação de quem observa. Assim como as palminhas ganhadas na infância ao dar os primeiros passos, os aplausos cada vez mais exigentes continuarão sendo esperados e necessários para motivar ações no decorrer de toda a vida. São demonstrações de aprovação.
A recompensa sentida por uma ação que demandou enorme esforço emocional em realizá-la determinará se valerá ou não repeti-la. Se a recompensa for maior que o incômodo superado, terá valido a pena ser visto como corajoso. Se não, o evitamento deverá ser respeitado como direito de escolha que temos por não querer fazer qualquer coisa que ameace profundamente o nosso bem-estar emocional. A coragem por "não fazer", quando muitos nos cobram com expectativas e desafios, é tão necessária quanto a de aceitá-lo quando ainda não se conhece qual resultado será capaz de alcançar. Uma vez conhecido, evitar participar em coisas que não nos agradam, nos incomodam ou nos ameaçam, seja moral, física ou emocionalmente, não deverá ser considerado medo, sim uma decisão baseada em autoconhecimento e maturidade.
O que apetece a muitos, não apetece a todos. Nem todo aplauso é desejável. Muitas vezes será preciso coragem para descobrir quais realmente precisamos e desejamos e, uma vez descobertos, quais continuaremos a enfrentar, a evitar ou realizar com naturalidade. Como tudo o que nos cobra um preço, é preciso saber se poderemos pagar por ele. E isto determinará se uma decisão é coragem ou inconsequência; medo ou autorrespeito.
– Gutto Carrer Lima
A investida em enfrentar os próprios sentimentos numa iniciativa que em princípio nos seja muito incômoda, poderá ser incentivada ou reprimida a partir da reação de quem observa. Assim como as palminhas ganhadas na infância ao dar os primeiros passos, os aplausos cada vez mais exigentes continuarão sendo esperados e necessários para motivar ações no decorrer de toda a vida. São demonstrações de aprovação.
A recompensa sentida por uma ação que demandou enorme esforço emocional em realizá-la determinará se valerá ou não repeti-la. Se a recompensa for maior que o incômodo superado, terá valido a pena ser visto como corajoso. Se não, o evitamento deverá ser respeitado como direito de escolha que temos por não querer fazer qualquer coisa que ameace profundamente o nosso bem-estar emocional. A coragem por "não fazer", quando muitos nos cobram com expectativas e desafios, é tão necessária quanto a de aceitá-lo quando ainda não se conhece qual resultado será capaz de alcançar. Uma vez conhecido, evitar participar em coisas que não nos agradam, nos incomodam ou nos ameaçam, seja moral, física ou emocionalmente, não deverá ser considerado medo, sim uma decisão baseada em autoconhecimento e maturidade.
O que apetece a muitos, não apetece a todos. Nem todo aplauso é desejável. Muitas vezes será preciso coragem para descobrir quais realmente precisamos e desejamos e, uma vez descobertos, quais continuaremos a enfrentar, a evitar ou realizar com naturalidade. Como tudo o que nos cobra um preço, é preciso saber se poderemos pagar por ele. E isto determinará se uma decisão é coragem ou inconsequência; medo ou autorrespeito.
– Gutto Carrer Lima
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